Minha função, no planejamento, muitas vezes me colocou em contato com o cliente final. Minhas considerações aqui estarão muito voltadas para o cliente, que precisa passar um briefing para empresas como a D’arte Multiarte, e acabam tendo algumas dificuldades durante o processo até sua conclusão.
Legal, Luiz, mas porque isso acontece?
Na minha visão, o briefing é o momento de decisão, o ponto de não retorno, onde se determina o tamanho - ou da encrenca, ou do sucesso. Hoje, tornou-se o momento mais negligenciado do processo. E, ultimamente, tem sido tratado como o início de todo o processo de uma forma apenas ritualística.
É muito comum, hoje, seja por conhecimento ou por total ignorância, que os briefings sejam passados por e-mail, por exemplo, sem haver nenhuma interação – nem física, nem mesmo virtual. Tudo em nome de uma isenção, para que nenhuma empresa seja beneficiada. E, mais ainda, o tal briefing virou uma lista de supermercado, onde o cliente define tudo que ele quer. Em muitos casos, os clientes já indicam alguns fornecedores, com o objetivo de ganhar tempo.
O briefing normalmente está baseado em algum evento anterior. Com isso, o resultado final da concorrência, do ponto de vista de equipamentos, pode ser uma armadilha. Afinal, se você apostar no menor valor, acaba sem saber exatamente o que vai acontecer.
Trouxe vocês até aqui para que reflitam um pouco e pensem sobre o assunto. Quando estiverem em contato com uma empresa desta natureza, apontem para O QUE QUEREM FAZER e não para o COMO. Isto limita a criação.
Deixem os caras pensarem, criarem, voarem, caírem na real. Assim, de repente trazer o material, a ideia. Se sua empresa deseja um novo caminho para o seu evento, sua ação de experiência para seu cliente, arrisque uma visão diferente.
Se você fizer do jeito que você sempre faz, vai chegar no mesmo lugar. Sempre. Pense nisso. Traga um pouco de adrenalina para o seu dia a dia. É uma grande chance.
Bom trabalho.
Luiz Fernando Coelho